Pequenos empreendedores baianos podem conseguir linhas de crédito, que
vão de R$ 200 a R$ 10 mil, para ampliar seus negócios, por meio do Programa de
Microcrédito do Estado da Bahia (CrediBahia). O benefício, que somente ano
passado realizou mais de 20 mil contratos, é concedido a trabalhadores do
mercado formal ou informal, que tenham algum estabelecimento há pelo menos seis
meses.
O crédito é administrado pela Secretaria do Trabalho, Emprego e Renda (Setre), com recursos viabilizados pela Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), vinculada à Secretaria da Fazenda (Sefaz-BA). Também participam da parceria o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-BA), prefeituras, cooperativas e organizações não governamentais.
De acordo com levantamento da Setre, o ano de 2014 bateu o recorde ao injetar R$ 90,4 milhões na economia produtiva baiana, por meio de créditos para um público formado, na maioria, pelo segmento feminino - 61% dos beneficiados são mulheres. Um exemplo é a empresária Maria Goretti Cajuhy, proprietária do restaurante Tamarineiro, no município de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Desde 2008, ela contraiu sete empréstimos, que começaram no valor de R$ 500 e chegaram a R$ 10 mil, em março do ano passado.
“No começo, eu tinha uma pequena lanchonete, onde trabalhava sozinha, até que fui conseguindo os créditos. Com o tempo e o investimento, o negócio foi crescendo e hoje me orgulho do restaurante e do que construímos todos esses anos. Agora tenho mesas de madeira, um espaço maior e melhor, uma cozinha industrial e três funcionárias. É dessa renda que ainda conseguimos ajudar a família, empregando meus filhos e outros parentes quando precisam”, explica Cajuhy.
Concessão do crédito
Para conseguir os recursos, os empreendedores precisam ter um estabelecimento, formal ou informal, há pelo menos seis meses, com faturamento de até R$ 120 mil por ano. Eles podem procurar um dos balcões do Credibahia, que hoje estão disponíveis em 184 municípios baianos, ou cooperativas e organizações não governamentais (Oscips). A lista completa das cidades que oferecem o serviço está no link disponível no site da Desenbahia.
Nesses locais, os interessados devem apresentar documentação oficial com foto, RG, CPF, comprovante de residência, orçamento do investimento e um avalista, que pode ser individual ou solidário, por meio da união de três a cinco empresários que desejam conseguir o benefício. Um agente de crédito faz avaliação para conceder o crédito, via ordem de pagamento, e não é necessário possuir conta ou vínculo com instituição bancária.
De acordo com a gerente de Microfinanças da Desenbahia, Márcia Fonseca, os agentes de crédito são qualificados, por meio de parceria com o Sebrae, para analisar as condições do empreendimento e orientar sobre o uso do recurso que é concedido. “Com os documentos em mãos, os agentes visitam os negócios, fazem levantamento socioeconômico da família e orientam sobre a utilização do dinheiro a ser cedido”.
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