Na
terça-feira (29), dia dedicado à Visibilidade Trans, o deputado estadual
Marcelino Galo (PT) defendeu os direitos humanos e a cidadania das travestis e transexuais.
O parlamentar petista reforça sua fala destacando uma nota pública da Articulação
Nacional de Travestis (Antra) que reivindica o tratamento no feminino. “Já
estou ciente que é politicamente correto dizer ‘a travesti’, mas é importante
informar para que entendam e passem a utilizar assim. No Brasil, hoje, as
travestis aparecem como a minoria mais estigmatizada da sociedade brasileira.
Elas também são vítimas de violência, registrando no Brasil de 1908 até 2012
cerca de 1202 assassinatos de travestis e transexuais, desses, 103 foram na
Bahia”, diz Galo referindo-se às informações passadas pela articulação e pelo
Grupo Gay da Bahia (GGB).
Segundo
o texto, as travestis e transexuais são expulsas de casa, humilhadas na escola
e apartadas do mercado de trabalho. Há uma estimativa de que devam existir no
Brasil por volta de 500 mil travestis e transexuais, 90% vivendo como
profissionais do sexo. “Os dados da nota são fundamentais para entendermos a
dimensão do caso. Tanto que na Bahia o número devem ultrapassar mil indivíduos,
mais de 300 só na capital. Nos jornais, nos anúncios de encontros eróticos,
apresentam-se como ‘bonecas’, geralmente listando seus atributos mais
procurados pelos clientes, em sua maioria homens bissexuais”, frisa o deputado.
Em
Salvador, o dia das travestis terá uma exposição de fotografia e cartazes na
sede do GGB. O grupo baiano também se manifestou e, segundo pesquisa, entre
1980 e 2012 foram registrados 1202 assassinatos de travestis e transexuais no
país, uma média de um homicídio a cada 10 dias, dos quais, 103 na Bahia no
mesmo período. “Em 2012 foram assassinadas no Brasil 128 travestis: Roraima,
Mato Grosso e Rondônia foram os estados mais ‘transfóbicos’, uma média de 1,9
travesti assassinado para cada um milhão de habitantes”, aponta texto enviado
pela Antra. Ainda segundo o comunicado, os crimes contra travestis
profissionais do sexo são cometidos predominantemente na rua, “na pista”, altas
horas da madrugada, utilizando-se armas de fogo e, em menor número, arma branca
e espancamento. Muitos dos assassinos alegam “legítima defesa da honra” e
vingança por roubo ou por transmissão da Aids.
Ascom do deputado Marcelino Galo
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