A
Bahia é o segundo estado do Nordeste com maior quantidade de óbitos por câncer
de pulmão geralmente provocado por cigarro, segundo o Instituto Nacional de
Câncer (Inca). “E entre 90% e 95% dos casos de neoplasias (câncer) nestas
regiões são motivados pelo uso de cigarros”, disse o médico pneumologista
Francisco da Hora, em entrevista ao jornal A Tarde.
Sem
medidas drásticas, a Bahia segue na triste liderança ao contrário de estados
como Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiros, Amazonas, Roraima, Paraíba e Paraná,
que proibiram o uso de cigarros em locais fechados e os fumódromos (áreas
reservadas para fumantes). Ainda segundo dado do Inca, de 2000 a 2010 foi
registrado um aumento de 98% nos casos de mortes por câncer de traquéia,
brônquios e pulmões no Estado, que passaram de 390 para 774.
Para
Francisco da Hora, que também é médico pneumologista do programa estadual de
tabagismo da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), a falta de regulamentação
atrapalha. “Iniciativas como está é o que tem assegurado a redução da
quantidade de fumantes desde a década de 80. Deixamos de ter 30 milhões de
usuários e hoje temos 15 milhões”, lembra.
Vale
lembrar, que um ano após ter sido sancionada pela presidente Dilma Roussef, a
Lei Antifumo (12.546/11) ainda espera regulamentação do Congresso Nacional. Mas
há quem diga que sofre com tais iniciativas. “Há muito preconceito com os
fumantes. Por que não posso fumar onde quero?”, reclama a paisagista Eliane
Brito, que costuma portar quatro carteiras de cigarro.
Com
informações do jornal A Tarde*
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