A região Norte do
Brasil é a que possui o dinheiro em circulação com a pior qualidade. Fatores
climáticos e o menor acesso à rede bancária explicam tal condição. Uma pesquisa
inédita divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira revela que cerca de
40% das cédulas de R$ 2, por exemplo, que circulam no Norte estão em condição
inadequada.
'Evidentemente, na
região Norte há uma questão do clima. Além disso, o acesso à rede bancária é
menor e o processo de inclusão financeira é baixo. Isso faz com que o dinheiro
em circulação demore mais para chegar à rede bancária para ser trocado. Por
isso, o dinheiro fica mais tempo na mão das pessoas e a qualidade cai', explica
o diretor de administração do Banco Central, Altamir Lopes.
Outra região com
deficiência na qualidade do dinheiro é o Nordeste. Neste caso, apesar de o
clima não ser úmido como no Norte (o que estraga as cédulas mais rapidamente),
o fato de o acesso aos serviços bancários não ser muito amplo também faz com
que a saída de circulação do dinheiro de má qualidade seja atrasada.
Durante a
apresentação do estudo, Altamir Lopes indicou que o BC mantém a programação
para que as novas cédulas de R$ 10 e R$ 20 da chamada 'segunda família do real'
- como a das novas notas de R$ 50 e R$ 100 - sejam lançadas este ano, sem mês
definido.
Previstas para o
ano passado, as novas cédulas tiveram de ser atrasadas por 'aspectos
operacionais', informa o diretor do BC. 'O dinheiro tem alta qualidade e
precisa ser testado e checado dentro de um padrão muito elevado. As novas
cédulas continuam programadas para 2012', diz Altamir.
Estadão
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