A vigilância epidemiológica faz parte das
ações rotineiras do Projeto Fitossanitário dos Citros, por isso, “quanto mais
cedo se identifique algum foco da praga nos pomares, maior a chance de êxito no
processo de controle”, explica a coordenadora do Projeto Fitossanitário dos
Citros da Adab, Suely Brito.
Acreditando
nessa estratégia é que duas suspeitas foram investigadas, uma no ano de 2012,
no município de Bom Jesus da Lapa, e outra em março deste ano, no município de
Rio Real. Em ambas as situações, os materiais de plantas cítricas (ramos,
folhas e frutos) foram coletados e encaminhados à Clínica Fitopatológica do
Centro de Citricultura Sylvio Moreira (CCSM), em Cordeirópolis, São Paulo, para
análise pelo método de PCR Real Time.
O diretor-geral
da Agência, Paulo Emílio Torres, esclarece que, com a introdução da praga, a
citricultura baiana passaria por uma enorme crise, haja vista a morte econômica
imposta às variedades comerciais de citros em apenas dois ou três anos, após a
infecção pela bactéria.
Uma eventual
entrada da praga na citricultura baiana causaria prejuízos da ordem de R$ 1,8
bilhão, conforme dado demonstrado pelo estudo de Mestrado Profissional em Defesa Agropecuária
(UFRB/2012), do engenheiro agrônomo e fiscal estadual da Adab, José Mário
Carvalhal.
“Pelo que
representa a citricultura para a Bahia, como o segundo produtor no ranking
nacional, importante fonte de renda e emprego para o segmento da agricultura
familiar, além de ser uma atividade de identidade cultural de distintos territórios
de identidade, o Estado tem envidado esforços para manter o status
fitossanitário de pomares livre de HLB”, ressalta o diretor de Defesa Sanitária
Vegetal, Armando Sá.
Medidas preventivas
Para nortear
as atividades da Adab, existe um Plano de Contingenciamento do HLB, marco
regulatório que reúne esforço interinstitucional e ações multidisciplinares
para manter os pomares baianos livres da praga.
Dentre as
ações, destacam-se as inspeções fitossanitárias com vistas à identificação de
sintomas em áreas comerciais, armadilhamento para coleta de inseto vetor em
pontos estratégicos, estudo da dinâmica da população de (Diaphorina citri) e monitoramento precoce da invasão da bactéria
nos principais polos produtores: Litoral Norte, Recôncavo, Chapada Diamantina, região
oeste e Juazeiro.
Dentre os desafios de enfrentamento dessa
ameaça fitossanitária estão algumas estratégias implementadas, por meio de
ações típicas de defesa agropecuária, a exemplo de fiscalização do trânsito de
vegetais, estabelecimento de normas disciplinadoras para a produção de material
propagativo (porta-enxerto, borbulha e muda) e treinamentos técnicos, em
parceria com instituições de pesquisa e extensão rural (Embrapa/CNPMF e EBDA,
respectivamente), com entidades de fomento e gestão pública (Mapa, Fapesb e prefeituras
municipais), assim como a iniciativa privada (fazendas e viveiros).
30.04.14
Rãs – CB
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