11 de janeiro de 2014

Preste atenção! O riso pode matar

Fonte: MSN Brasil
Bem a tempo de proteger os pacientes dos perigos do excesso de alegria no fim do ano, uma nova revisão de pesquisas acadêmicas publicada em uma revista médica britânica descreve os efeitos negativos da risada.
Entre os alertas divulgados: a força do riso pode deslocar mandíbulas, propiciar o surgimento de hérnias e causar ataques de asma e dor de cabeça. As risadas podem causar arritmia cardíaca, desmaios e enfisema (esse último, de acordo com um estudo publicado em 1892).
Além disso, a risada pode causar as síndromes raras e perigosas como a de Pilgaard-Dahl e de Boerhaave (veja as explicações abaixo). E não se esqueça do impacto aterrorizante do riso prolongado no trato urinário (detalhado em um artigo publicado pela Lancet em 1982, intitulado "Giggle Incontinence", ou Incontinência do Riso, em tradução literal).
Na pior das hipóteses, a nova revisão pode ser uma boa notícia para quem vive de cara fechada. Se 2013 foi o ano dos hipocondríacos, os autores do estudo dão a entender que 2014 será o ano dos pacientes saudáveis de mau humor.
A análise, intitulada "Laughter and MIRTH (Methodical Investigation of Risibility, Therapeutic and Harmful)" (O riso e a investigação metódica da risada terapêutica e prejudicial, em tradução livre), recorreu a cerca de 5.000 estudos. Ela foi publicada na revista BMJ, antigamente conhecida como The British Medical Journal, que publica há muito tempo artigos com pesquisas minuciosas sobre assuntos divertidos nas edições de fim de ano. O subeditor da revista, o Dr. Tony Delamothe, afirmou que o estudo foi revisado por pares – provavelmente por um médico com o senso de humor cuidadosamente controlado.
Este ano, a edição de natal também inclui os artigos: "Were James Bond's drinks shaken because of alcohol induced tremor?" (Os drinques de James Bond eram batidos por conta de tremores causados pelo alcoolismo?), "The survival time of chocolates on hospital wards: covert observational study" (O tempo de sobrevivência dos chocolates nas alas hospitalares: um estudo observacional secreto), e "Operating room safety: the 10 point plan to safe flinging" (Segurança na sala de operação: um plano em 10 passos para um arremesso seguro), que apresentava precauções como: "Antes de arremessar, identifique o alvo e a área atrás dele", e "nunca arremesse um instrumento para o alto". Na primavera passada, os coautores do estudo, o Dr. Robin E. Ferner, professor honorário de farmacologia clínica na Universidade de Birmingham, e Jeffrey K. Aronson, associado de farmacologia clínica em Oxford, especializado no estudo dos benefícios e malefícios de remédios, conversaram sobre qual relação de dano e benefício poderiam explorar para conseguir a vaga disputada na capa da edição de natal da BMJ. De acordo com Delamothe, o BMJ recebe quase 120 artigos e aceita em torno de 30.


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