Ícone tradicional da
religiosidade baiana, a Fitinha do Senhor do Bonfim será novamente fabricada no
estado da Bahia, após 20 anos. A novidade foi anunciada nesta quarta-feira (27)
durante o lançamento de um pacote de ações elaborado pela Secretaria do Turismo
do Estado (Setur) juntamente com a Arquidiocese de Salvador. Atualmente, o
artigo é produzido apenas no interior de São Paulo.
O evento realizado no Convento
da Piedade, na capital, contou com a participação do secretário Domingos
Leonelli e do arcebispo primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger. Na ocasião, foi
apresentado também o portal oficial do turismo religioso baiano (www.turismoreligiosobahia.com.br)
e um curso de inglês voltado para 25 profissionais que atuam no receptivo de
igrejas em Salvador.
Para Leonelli, as ações contemplam
os três eixos da estratégia de desenvolvimento do setor no estado - qualidade,
com o curso de capacitação, inovação, criação do portal e integração econômica,
com a formatação de uma cooperativa para comercializar, além das fitinhas do
Bonfim, imagens e objetos sacros, beneficiando a comunidade local.
“O turismo religioso é forte em
todo o mundo e em diversos lugares do Brasil. Na Bahia não poderia ser
diferente, pois temos todos os apelos para receber milhares de visitantes deste
segmento. Essas ações integradas servem para estrutura melhor o setor em todas
as suas vertentes”, enfatizou Leonelli.
Emprego e
renda - Atualmente, 100 mil turistas vêm à Bahia exclusivamente por motivos
de religião e o objetivo, como explicou o secretário, é ampliar esse número.
“Temos diversas festividades tanto em Salvador como no interior, a exemplo de
Bom Jesus da Lapa, Serrinha, Anguera, Candeias, entre outros locais. A ideia é
ampliar a promoção e estruturar os destinos para o turismo”.
Dom Murilo Krieger destacou a
parceria com a Setur para a geração de emprego e renda e divulgação do
patrimônio religioso na Bahia. “Nós queremos que as pessoas vejam aquelas
riquezas que temos nesse campo religioso e turístico. Queremos preservar esse
patrimônio e colocar à disposição de todos. Mas, para isso, esse patrimônio
precisa ser conhecido”.
O arcebispo disse ainda ter a
certeza de “que esse trabalho de parceria renderá, para nós, bons frutos, no
sentido que mais e mais pessoas visitarão as nossas igrejas e museus, além de
ser, para tantas outras pessoas, uma nova possibilidade de emprego, de melhorar
a sua própria vida”.
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