3 de novembro de 2012

Ex-controladores do Cruzeiro do Sul são suspeitos de montar pirâmide financeira


Os ex-donos do Cruzeiro do Sul, Luís Felippe e Luís Octavio Índio da Costa, têm mais uma encrenca com que se preocupar além da própria liquidação do banco. Eles são suspeitos de aplicar um golpe à la Bernard Madoff, o financista que inventou um esquema de pirâmide nos Estados Unidos que resultou em perdas de US$ 65 bilhões para milhares de investidores.

Na versão brasileira, os valores são mais modestos: aproximadamente R$ 270 milhões. Mas o drama pessoal de cotistas de dois fundos do Cruzeiro do Sul é comparável ao das vítimas americanas. Há senhoras aposentadas que perderam a poupança de uma vida e até uma família que ficou sem chão ao perceber o sumiço do dinheiro guardado para bancar a sobrevivência de um parente portador de deficiência.

A suspeita é de que os dois fundos em questão - FIP BCSul Verax Equity 1 e FIP BCSul Verax 5 Platinum - não tenham ativos para honrar sequer 5% do que foi aplicado pelos investidores. Segundo pessoas que conhecem o assunto, os ex-controladores do Cruzeiro do Sul usavam o dinheiro de cotistas novos para bancar os resgates dos antigos - exatamente como Bernard Madoff. Também  há suspeitas de que tiravam recursos do próprio banco para esse fim. Com a intervenção do BC, a "bicicleta deixou de pedalar", como define uma fonte, e o esquema ruiu.

 

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