15 de julho de 2014

Municípios baianos se tornam livres da Zona de Proteção contra a Febre Aftosa



Seagri

Com a recente publicação da Instrução Normativa Nº 16 de 2014, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), automaticamente, se desfaz a Zona de Proteção contra a Febre Aftosa do estado da Bahia. A referida Zona, que, por sua vez, substituiu a Zona Tampão extinta em 2010, engloba cerca de 10 mil criadores dos municípios de Casa Nova, Remanso, Campo Alegre de Lourdes, Pilão Arcado, Buritirama, Mansidão, Santa Rita de Cássia e Formosa do Rio Preto, que passam a integrar a comercialização e o trânsito de animais em todo o estado, com um rebanho de aproximadamente 230 mil cabeças.


A instrução também declarou os demais estados do nordeste como área livre de Febre Aftosa, com reconhecimento internacional acorrido durante a 82ª Seção Geral da Organização Mundial de Saúde Animal, em Paris, no último dia 29 de maio de 2014.

Área de Proteção

A Zona de Proteção compreendia uma área de 58.201 km² no norte do estado, e foi estabelecida pelo MAPA como área de proteção para impedir a entrada de animais com possibilidade de estarem infectados pelo vírus da aftosa, uma vez que a Bahia faz divisa com estados cujo risco de infecção, até então, era desconhecido. “O trânsito livre vale para os bovinos, ovinos e caprinos, ficando restrito apenas o dos suínos, devido alguns estados do norte e do nordeste ainda não serem considerados livres da Peste Suína Clássica”, esclarece o diretor de Defesa Sanitária Animal da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Rui Leal.

O diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres, explica que a vigilância ativa é exercida pela Agência com maior atenção na Zona de Proteção, por ser considerada uma área de maior risco para o país. “Os índices de imunização contra a febre aftosa nos municípios componentes da Zona de Proteção comprovam a evolução da qualidade pecuária e da consciência do criador quanto à necessidade de vacinar os animais, atestada com o índice vacinal de 96% na segunda etapa da campanha contra a febre aftosa, em novembro de 2013, ficando acima da média estadual. Desta forma, a Bahia apresenta, nos últimos anos, estabilidade sanitária referenciada nacionalmente, apontando para o fortalecimento da defesa agropecuária baiana”, completou Torres.
Trânsito livre para criadores 

A Bahia que durante muitos anos conviveu sanitariamente com a cisão da Zona Tampão e da Zona de Proteção, hoje tem a unanimidade do estado com tratamento igualitário a todos os criadores e a total eliminação de qualquer restrição, para esta enfermidade, do trânsito interno e em território brasileiro, já que apenas Amapá, Roraima e Amazonas não têm o reconhecimento de livre da aftosa com vacinação.

Crescimento da pecuária baiana 

Para o secretário da Agricultura, Jairo Carneiro, a pecuária baiana está pronta para crescer ainda mais, com importantes impactos sociais e econômicos. “O próximo passo é alcançar status de país totalmente livre da doença. Para isso, o Mapa e os governos dos estados realizam um trabalho conjunto, para proteger o patrimônio pecuário nacional, tornando-o mais igualitário e competitivo”, disse. A Bahia é detentora do maior rebanho bovino da região nordeste e possui desde 2001 o status de livre de Febre Aftosa com Vacinação.

O Brasil possui agora, com reconhecimento internacional, 23 estados e o Distrito Federal (DF), como livres de febre aftosa com vacinação e Santa Catarina continua sendo o único livre da doença sem vacinação.

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