18 de junho de 2015

Grupo chinês pode participar da construção da Fiol e investir R$ 1 bilhão


Com a experiência de ter construído 67% da malha ferroviária da China, a Companhia de Engenharia Ferroviária da China (China Railway Engineering Group) poderá participar da construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). A empresa vai estudar a possibilidade de participar da implantação do trecho de aproximadamente 500 quilômetros de trilhos, entre os municípios de Caetité, na Bahia, e Campinorte, em Goiás, para se entroncar com a Ferrovia Bioceânica, ligação entre o Brasil e o Peru, que está sendo estudada pelos governos do Brasil e China. 


A companhia chinesa possui R$ 1 bilhão em caixa para investimentos no Brasil e a Bahia é um dos alvos. Tudo isso foi apresentado em reunião realizada, na noite de terça-feira (16), na sede da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), em Salvador, entre o secretário Jorge Hereda, o subsecretário Paulo Guimarães e o vice-presidente da China Railway, Song Jingjing, durante apresentação de projetos de interesse do grupo chinês para investimentos no estado.

Sistema logístico

A Fiol está hoje sob a responsabilidade da Valec, empresa de construção e exploração de infraestrutura ferroviária ligada ao Ministério dos Transportes. “O trecho da Fiol, que ainda não está construído, pode ser feito pela iniciativa privada, através de capital chinês. O projeto inicial apontava traçado até Figueirópolis, no Tocantins. Com a Bioceânica, a parada final deverá ser em Goiás”, disse Guimarães.

Segundo Song, a China Railway, uma das empresas mais importantes do país, iniciou as atividades como empresa ferroviária e hoje atua em diversas áreas de infraestrutura. “Construímos mais de 50 mil quilômetros de ferrovia em nosso país. Temos um sistema logístico moderno e eficiente. Nossa malha ferroviária é toda energizada (não usa combustível fóssil) e nossos trens podem chegar a uma velocidade média de 120 km/hora”.

Oportunidades

Durante o encontro, Guimarães apresentou ainda várias outras áreas do estado onde os chineses podem realizar investimentos. “Temos um potencial enorme na área de energia, tanto eólica como solar, além de oportunidades nos setores automotivo, petróleo e gás, portos, alimentos e bebidas e petroquímica”.

O encontro com o vice-presidente da China Railway foi ciceroneado por Monica Fang e Frederico Hanczaryk, dirigentes do Centro de Intercâmbio Econômico e Comercial Brasil China, representação comercial que possui escritórios nas cidades chinesas de Nanjing, Pequim e Xangai.

“A nossa visita à Bahia é para estreitar o relacionamento e viabilizar a possibilidade de investimentos no Brasil. A China Railway tem interesse em projetos nas áreas de energia renovável, portos, aeroportos, rodovias e ferrovias. O primeiro passo foi dado e temos certeza que teremos investimentos do grupo na Bahia”, disse Fang.

 Fonte: Secom-Ba.

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