27 de abril de 2015

Fábricas calçadistas reocupam galpões antigos e investem no sudoeste baiano


Publicado; abril 24, 2015 | Autor: Palavra Digital 
O Governo do Estado conseguiu reocupar, no sudoeste da Bahia, todos os 18 galpões industriais fechados pela Vulcabras/Azaleia. Em apenas dois dos galpões – em Itati, distrito de Itororó, e em Itapetinga – não funciona uma nova fábrica de calçados, mas uma fundição e uma indústria têxtil. Nos demais 16, distribuídos entre os municípios de Itapetinga, Itororó, Firmino Alves, Itambé, Caatiba, Macarani, Potiraguá, Itarantim, Maiquinique, Ibicuí e Iguaí.
Com isso se expande um polo industrial de calçados femininos das marcas Lia Line, Bárbara Kras e Renata Mello, todas originárias de Santa Catarina, transportando para a Bahia a potência do Vale do Rio Tijucas, a 70 km de Florianópolis – um dos maiores polos industriais de calçados femininos do país. Além das três novas indústrias calçadistas, a fábrica da Vulcabrás/Azaleia sediada em Itapetinga continua a produzir normalmente, com 5.800 trabalhadores empregados.

Novas ocupações
Na próxima quinta-feira (30), na Câmara Municipal de Itapetinga, às 9h, o secretário de Desenvolvimento Econômico, James Correia, acompanhado do presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Ricardo Alban, assina os últimos contratos dos galpões que serão ocupados pelas companhias Lia Line e Renata Mello. “A infraestrutura pronta e uma oferta de mão-de-obra especializada, formada pela Vulcabras/Azaleia, é que estão transformando Itapetinga e região em um polo de calçados femininos, com moda diferenciada e maior valor agregado. O que essas três indústrias estão produzindo são verdadeiras obras de arte para os pés”, afirmou Correia.
Instalada na Bahia desde junho de 2013, a Lia Line, do Grupo Irmãos Soares, cuja matriz é em Nova Trento/SC, ocupa seis galpões industriais em Itapetinga, Itororó, Firmino Alves e Ibicuí. A companhia já investiu R$ 16,7 milhões desde que chegou à Bahia, triplicando a produção dos sapatos e sandálias femininas das marcas Lia Line e Sua Cia, essa voltada para o público jovem. Em junho do ano passado, a Lia Line ocupou também os galpões do distrito de Rio do Meio, em Itororó, e de Firmino Alves. Agora, vai começar a produzir em Ibicuí. Ao todo, a empresa já emprega cerca de 1.700 trabalhadores em suas unidades fabris da Bahia. “Estamos apostando na exportação. As novas unidades industriais serão voltadas para o mercado externo, principalmente Europa e América do Sul, embora não descuidemos do nosso excelente mercado regional. Somente na Bahia, nosso principal mercado no Nordeste, estamos em 593 pontos de venda”, destacou o diretor-presidente da empresa, Irivan Soares.
Mão-de-obra valorizada
A ocorrência de uma mão-de-obra qualificada, com experiência na área calçadista, foi um dos fatores que também contribuíram para a rápida expansão da Bárbara Kras – cuja razão social na Bahia é Calçados Itambé. A empresa, cuja matriz é no município de São João Batista/SC, começou a operar em Itambé no início do ano passado e, em setembro, no mesmo município, deu partida à sua segunda linha de produção. Em seguida, abriu três novas unidades industriais: duas em Macarani e uma em Caatiba.
“Ao todo, já são R$ 10 milhões de investimentos na Bahia e a geração de 900 empregos diretos. A nossa meta com as fábricas na região é produzir dez mil pares por dia, com o foco no mercado brasileiro que é muito grande. Nossa fatia de exportação é muito pequena – em torno de 1% – mas queremos aumentá-la. Investir na Bahia é para nós uma oportunidade de crescimento, porque o apetite das nossas consumidoras por moda de qualidade continua muito grande”, diz Adalberto Soares, diretor da Barbara Kras.
Seguindo os passos da Lia Line e da Bárbara Kras, a última marca catarinense do Vale do Rio Tijucas a aportar no sudoeste baiano é o grupo Suzana Santos, que na Bahia irá produzir a linha de calçados femininos Renata Mello. A companhia também responde pelas marcas Suzana Santos, Arts’Brasil e Azillê. A indústria, originária de São João Batista/SC, irá ocupar os galpões de Iguaí, Potiraguá, Maiquinique e Itarantim, com investimentos de R$ 10,2 milhões e geração de 2.500 empregos diretos. Em Itarantim irá funcionar também um centro de distribuição, com área de 4 mil m2, para atendimento aos mercados do Norte/Nordeste. A produção das novas unidades fabris da Bahia irá reforçar o abastecimento do mercado brasileiro, alem de ser exportada para países da América do Sul e Central, Rússia e Filipinas.

“Nossa aposta na Bahia é a do crescimento. Hoje, produzimos 16 mil pares de calçados femininos por dia e vamos dobrar essa produção. Além disso, precisamos estar mais perto das nossas consumidoras. Por causa da distância e da logística complexa, chegamos a demorar 25 dias para entregar um par de calçados. Com as unidades da Bahia, esse tempo cai para quatro ou cinco dias”, aposta Janderson Marchiori, diretor-executivo do grupo Suzana Santos.

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