20 de setembro de 2011

Médicos anunciam boicote a planos de saúde nesta quarta em 23 estados e DF

Representantes da Comissão Nacional de Saúde Suplementar anunciaram nesta terça-feira (20), em Brasília, que vão paralisar os atendimentos de consultas médicas e cirurgias eletivas de operadoras de planos de saúde em 24 unidades da federação nesta quarta-feira (21).

O atendimento de urgência será feito normalmente, de acordo a comissão, que é formada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional de Médicos (Fenam).

Apenas Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte não aderiram à paralisação.

O atendimento a todos os planos será suspenso em nove estados: Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Tocantins. Nos demais estados, o boicote dos médicos será a apenas alguns planos de saúde.

Enquanto a paralisação vai ocorrer somente na quarta-feira (21) na maioria das unidades da federação, na Bahia, o boicote aos planos vai durar sete dias.Os planos de saúde que sofrerão boicote serão:  Amil, Medial, Hapvida, Norclínicas/Intermédica, Life Empresarial, Geap, Cassi, Petrobras, Golden Cross e Promédica



A Comissão Nacional de Saúde Suplementar calcula que há 1.044 operadoras de saúde suplementar em funcionamento do Brasil. Mais de 46 milhões de brasileiros têm planos de saúde no país. Aproximadamente 150 mil dos 347 mil médicos registrados no Conselho Federal de Medicina atendem usuários de planos de saúde.

A principal reivindicação dos médicos é o reajuste no valor pago pelas consultas. De acordo com o presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso, a média nacional paga pelos planos de saúde aos médicos é de R$ 40 por consulta. Eles querem ao menos R$ 60 por consulta. Segundo ele, o maior valor pago é R$ 80; o menor, R$ 15.

Justiça
Em maio, o Ministério da Justiça anunciou medidas para impedir que os médicos vinculados a planos de saúde paralisassem os serviços ou fizessem cobranças adicionais sobre o valor das consultas.

Os médicos conseguiram na Justiça suspender as medidas, mas o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) cassou a liminar que permitia o boicote a planos de saúde. Durante o anúncio da paralisação, os representantes das entidades afirmaram que a ação deste dia 21 tem respaldo legal.

A assessoria do Ministério da Justiça esclareceu que paralisações pontuais ou em forma de rodízio não ferem as medidas anunciadas pelo governo.

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