Os responsáveis pela maior
tragédia da aviação brasileira, a explosão do Airbus 320 da TAM, nem sequer
foram ouvidos na Justiça. Exatos cinco anos após o acidente que deixou 199
mortos, os três réus denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) pleiteiam
a absolvição sumária no processo, parado desde a entrega das defesas prévias da
então diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, e dos
ex-diretores da companhia Alberto Fajerman e Marco Aurélio dos Santos de
Miranda e Castro.
Os três respondem por
"atentado contra a segurança no transporte aéreo". A acusação é de
negligência e imprudência na operação dos voos da empresa e do Aeroporto de
Congonhas, na zona sul da capital, que não apresentava boas condições naquela noite
chuvosa de 17 de julho de 2007. Com a pista principal molhada, o avião que
fazia a rota Porto Alegre-São Paulo não conseguiu frear, saiu da pista e
explodiu ao colidir com o prédio da TAM.
Se condenados, Denise, Fajerman
e Castro podem pegar de 1 a 3 anos de detenção, caso o juiz entenda que o crime
foi culposo - sem intenção. Mas se a Justiça levar em consideração a destruição
completa da aeronave - e o número de mortos -, a pena pode variar entre 4 e 12
anos.
Hoje, às 18h45, será inaugurado o Memorial 17 de Julho, em homenagem às
vítimas. A área, de 8.318 m², tem 199 luzes de LED simbolizando as vítimas. A
construção da praça, no local do acidente, custou R$ 3,6 milhões.
Fonte: Estadão
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