Pesquisadores e escritores indígenas socializaram experiências com profissionais da educação, nesta quinta-feira (28), em atividade que teve como tema ‘Abril Indígena pen¬sando onde es¬tamos e onde po¬demos e pre¬ci¬samos chegar’. A roda de conversa sobre políticas públicas da educação indígenas ocorreu no auditório da Secretaria da Educação do Estado, no Centro Administrativo (CAB), em Salvador.
A atividade integra uma série de colóquios interativos que serão promovidos pela secretaria, em 2016, para que profissionais da educação e convidados compartilhem suas pesquisas em diferentes áreas do conhecimento. A rede estadual de ensino na Bahia atende a 8.468 estudantes indígenas de 16 etnias em 130 comunidades.
Neste primeiro encontro, que teve como foco a Educação Indígena, o pesquisador Taquary Pataxó, da aldeia Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, no extremo sul, citou a fala do cacique Lázaro Kiriri, da aldeia Midandela, no município de Banzaê (região norte) sobre educação. “Ouvi dele uma coisa que norteia a minha vida, que a educação que queremos é uma educação onde podemos ser doutor sem deixar de ser índio”.
Saberes e modo de vida
Para Taquary, a frase retrata as bases de uma educação que deve considerar os saberes e o modo de vida dos povos indígenas. Nesse sentido, ele ressaltou algumas conquistas da educação indígena no estado. “A implantação da categoria de professor indígena e a formação continuada são grandes avanços, [porém] ainda [são necessárias] mais políticas públicas que atendam a realidade, fazeres e conhecimentos tradicionais”. Ele destacou a luta permanente dos povos indígenas contra o preconceito e pela valorização da cultura indígena.
O escritor indígena Daniel Munduruku disse que a população indígena é o principal foco de resistência da identidade brasileira, e os avanços foram obtidos a partir dessa mobilização. Segundo ele, “o governo estadual tem voltado seus olhos para as demandas dos povos indígenas criando políticas públicas e programas de assistência não somente na educação, como também na saúde e economia indígena, que resultam dessa movimentação”.
O cacique Wekanã Pataxó, da aldeia Pequi, localizada no município de Prado, na região sul, reconhece os avanços da Educação Indígena. “O magistério e a licenciatura indígenas são exemplos [...] que devem ser levados adiante”.
Conto ‘Roubo do Fogo’
A atividade teve apresentações das servidoras e pesquisadoras da educação indígenas Sonja Ferreira e Valuza Saraiva. O grupo de teatro Vilavox dramatizou o conto ‘Roubo do Fogo’, do escritor indígena Daniel Munduruku.
“O conto trata de uma tradição Guarani a respeito do surgimento do fogo [em que] um indiozinho consegue despistar os urubus, que foram até o sol pegar brasas e acabam levando uma para a aldeia, mostrando que, qualquer um que vá à luta pode ser um vencedor”, explicou a atriz Diane Ramos.
A atividade integra uma série de colóquios interativos que serão promovidos pela secretaria, em 2016, para que profissionais da educação e convidados compartilhem suas pesquisas em diferentes áreas do conhecimento. A rede estadual de ensino na Bahia atende a 8.468 estudantes indígenas de 16 etnias em 130 comunidades.
Neste primeiro encontro, que teve como foco a Educação Indígena, o pesquisador Taquary Pataxó, da aldeia Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, no extremo sul, citou a fala do cacique Lázaro Kiriri, da aldeia Midandela, no município de Banzaê (região norte) sobre educação. “Ouvi dele uma coisa que norteia a minha vida, que a educação que queremos é uma educação onde podemos ser doutor sem deixar de ser índio”.
Saberes e modo de vida
Para Taquary, a frase retrata as bases de uma educação que deve considerar os saberes e o modo de vida dos povos indígenas. Nesse sentido, ele ressaltou algumas conquistas da educação indígena no estado. “A implantação da categoria de professor indígena e a formação continuada são grandes avanços, [porém] ainda [são necessárias] mais políticas públicas que atendam a realidade, fazeres e conhecimentos tradicionais”. Ele destacou a luta permanente dos povos indígenas contra o preconceito e pela valorização da cultura indígena.
O escritor indígena Daniel Munduruku disse que a população indígena é o principal foco de resistência da identidade brasileira, e os avanços foram obtidos a partir dessa mobilização. Segundo ele, “o governo estadual tem voltado seus olhos para as demandas dos povos indígenas criando políticas públicas e programas de assistência não somente na educação, como também na saúde e economia indígena, que resultam dessa movimentação”.
O cacique Wekanã Pataxó, da aldeia Pequi, localizada no município de Prado, na região sul, reconhece os avanços da Educação Indígena. “O magistério e a licenciatura indígenas são exemplos [...] que devem ser levados adiante”.
Conto ‘Roubo do Fogo’
A atividade teve apresentações das servidoras e pesquisadoras da educação indígenas Sonja Ferreira e Valuza Saraiva. O grupo de teatro Vilavox dramatizou o conto ‘Roubo do Fogo’, do escritor indígena Daniel Munduruku.
“O conto trata de uma tradição Guarani a respeito do surgimento do fogo [em que] um indiozinho consegue despistar os urubus, que foram até o sol pegar brasas e acabam levando uma para a aldeia, mostrando que, qualquer um que vá à luta pode ser um vencedor”, explicou a atriz Diane Ramos.
Fonte: Ascom/Secretaria da Educação do Estado da Bahia
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