7 de julho de 2015

APAS, exemplo de uma comunidade rural sustentável que deu certo.


Texto e fotos: Arnold Coelho
A Associação do Projeto de Assentamento Santa Irene (APAS), é um exemplo de assentamento que deu certo. Localizado no município de Gongogi, a Associação existe juridicamente desde 25 de maio de 2000, com CNPJ 03.832.400/0001-51  e funciona no regime de assentamento desde 2003, na fazenda Santa Irene, s/n, rodovia Gongogi-Ubatá, se firmando como exemplo de uma comunidade rural sustentável que não usa agrotóxico nem desmata área protegida. O assentamento funciona em uma área de 1.200 hectares, adquirido pelo Governo Federal, através do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A Associação conta com 81 famílias cadastradas totalizando mais de 500 pessoas morando e trabalhando ativamente no assentamento.

De acordo com o presidente e administrador do assentamento, Valdemiro Bispo dos Santos, no início foi complicado, mais com o tempo e muito trabalho a comunidade cresceu e prosperou. “Nós conseguimos 81 moradias do Programa Nacional Habitação Rural (PNHR), de um total de 121 casas, sendo que as outras 40 foram construídas com recursos próprios dos moradores. Esse projeto nasceu de um sonho nosso, galgado pelo amigo e irmão professor Soares Neto, que não mediu esforços para que adquiríssemos essa fazenda. Soares nunca deixou de nos apoiar. Hoje temos os programas Luz Para Todos e Água para Todos graças a ele; nosso Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é forte, para esse ano nossa previsão é de R$ 385.000,00 e já movimentamos mais de 2 milhões em alimentos nos últimos anos”, disse Valdemiro.

APAS
A Associação conta com três escolas, igrejas, espaço para reuniões e confraternizações; tanques naturais para a criação de peixes (piscicultura), além de movimentar em torno de 15 mil arrobas de cacau por ano; produção de frutas diversas como: graviola, jaca, laranja, limão, manga, cajá, banana prata e da terra, além de muito aimpim, mandioca e hortaliças diversas. No momento a associação tem 5 mil caixas de cajá em estoque, o que equivale 28 mil quilos de polpas. “Nossa meta é montar uma câmara fria aqui na associação para produzir e estocar a polpa das frutas que plantamos e colhemos. Diariamente saem dois caminhões carregados de frutas e verduras da nossa comunidade”, concluiu Valdemiro.

Soares Neto, uma vida dedicada à agricultura familiar.
O professor Soares Neto é para muitos o principal articulador dos programas da agricultura familiar na região cacaueira. Natural de Coaraci, Neto como é carinhosamente conhecido por todo o interior baiano é acima de tudo um amante do meio rural. Não por acaso ajudou e tem ajudado diuturnamente no processo de criação, sustentação política ou na aplicação de programas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) de diversas associações. As Associações da Pedra Lascada, em Barro Preto; Corcovado, em Coaraci; Jacarandá, em Ibicaraí; Limoeiro, de Floresta Azul; Associação de Agricultura e Piscicultura de Floresta Azul; Associação dos Assentados do Projeto do Cajueiro Velho, de Ibicaraí; Posso da Caça, em Itapitanga e a Associação Mista Familiar dos Agricultores e Pecuaristas, Itororó; são algumas das associações assistidas por Soares Neto, com seu trabalho voluntário.














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