Da Agência
Brasil
O relatório
mais recente do Serviço Dinamarquês de Segurança e Inteligência (PET, da sigla
em dinamarquês) diz que o número de cidadãos que deixou o país para lutar pelo
Estado Islâmico na Síria e no Iraque aumentou, e que, embora limitado, o risco
de um ataque terrorista no país existe.
A agência
elevou o tom adotado neste relatório, em relação aos anteriores. Afirmou que “a
ameaça do terrorismo contra a Dinamarca é séria” e que o risco de um ataque
terrorista evoluiu de “muito limitado” para “limitado”.
O relatório
aumenta de 100 para 110 a estimativa de dinamarqueses que deixaram o país para
se juntar às fileiras extremistas, mas a agência acredita que o número é muito
maior. O relatório também estima que pelo menos 16 deles morreram em campo de
batalha.
Em
entrevista à emissora pública do país, a DR, o chefe do Serviço de
Inteligência, Jens Madsen, explicou que a mudança no tom do relatório foi
intencional. “Mudamos a abordagem por causa dos desenvolvimentos negativos que
observamos. Isso se deve particularmente ao fato de que estamos vendo
continuamente pessoas deixando a Dinamarca para lutar pelo Estado Islâmico na
Síria e no Iraque”, afirmou.
Madsen
observou que muitos cidadãos dinamarqueses, filhos de imigrantes muçulmanos,
resolvem se juntar ao Estado Islâmico por terem a impressão de que o Islamismo
está sob ataque do Ocidente.
Esta foi a
mensagem transmitida no último dia 7 de dezembro, quando membros e apoiadores
do grupo extremista islâmico Hizb ut-Tahir fizeram uma manifestação em apoio à
Sharia em Copenhague, capital da Dinamarca. Eles protestavam contra o que
chamaram de “ataques de políticos dinamarqueses contra o Islamismo e os
muçulmanos”.
Relatório do
Centro Nacional Dinamarquês de Pesquisa Social (SFI, da sigla em dinamarquês)
identificou 15 diferentes grupos extremistas atuando no país, a maioria em
cidades como Copenhague e Aarhus.
Entre as
nações ocidentais, a Dinamarca tem o segundo maior número de cidadãos que
deixou o país para lutar na Síria e no Iraque, proporcionalmente ao tamanho de
sua população, atrás apenas da Bélgica.
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