26 de dezembro de 2014

Hospital da rede estadual realiza primeiro transplante de pele


A rede própria da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) já realiza transplante de pele, procedimento que, até então, só havia sido realizado no Hospital Universitário Professor Edgar Santos, administrado pelo Governo Federal. O primeiro transplante desse tipo na rede própria estadual teve como paciente a pequena N.S.S., de apenas sete anos. Ela recebeu alta nesta quarta-feira (24) e passou o Natal com a família, como desejava. 
A menina teve queimaduras em mais de 80% do corpo, sendo 50% de terceiro grau. Os primeiros atendimentos foram realizados no município de Irará, a 130 quilômetros da capital. Ela teve rosto e membros superiores e inferiores queimados após um acidente doméstico com álcool. A criança estava internada no HGE desde junho e o procedimento foi realizado no dia 28 de novembro. 

"Cirurgias como esta serão muito mais frequentes com o hospital novo [HGE2] porque vamos ampliar o serviço", explicou o cirurgião plástico Carlos Briglia, responsável por realizar o procedimento no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, e coordenador do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) da unidade.

Sempre acompanhada dos pais, que se revezam na rotina de hospital, N.S.S. tem realizado todo o tratamento por meio Sistema Único de Saúde (SUS), que inclui, entre outros procedimentos, sessões de fisioterapia. Também no HGE, a pequena N.S.S. já realizou dois enxertos com a própria pele. A próxima enxertia deverá ser realizada dentro de 15 dias.

Desde o acidente, Tatiana Ferreira, 36 anos, mãe da paciente, se afastou do trabalho em Irará, onde desempenha a função de secretária. Há quase seis meses longe de casa, ela afirma que tem recebido toda a assistência do apoio do hospital. "Desde que minha filha chegou aqui ela está sendo muito bem tratada, cuidada. Todos os procedimentos que ela precisa fazer, ela faz. Só tenho a agradecer a toda equipe, dr. Carlos Briglia, dra Ana Bela".

Já o pai, o representante comercial Nilton César Campos, 43, não precisou deixar as atividades profissionais, porém tem se desdobrado para dividir com a mulher a atenção diária dada à filha. Ele afirmou que sente seguro com o tratamento realizado na filha. "Acredito muito na competência dos médicos que vêm realizando vários procedimentos nela. Exames, cirurgias, tudo o que ela precisa, graças a Deus, está sendo realizado".


 

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