O governador Jaques Wagner assinou nesta
quarta-feira (6), no Ministério da Justiça, em Brasília, o termo de adesão ao programa
‘Crack, é Possível Vencer!’, ao lado de gestores de mais sete estados e 28
municípios. Ele disse que a importância da iniciativa está em aumentar a oferta
de tratamento de saúde, ao mesmo tempo em que intensificam as ações contra o
tráfico de drogas e as organizações criminosas em parceria com vários
ministérios, prefeituras e a sociedade civil.
Ao todo, já aderiram os 26 estados da federação e
118 municípios. Na Bahia, fazem parte do programa Salvador, Camaçari, Itabuna,
Juazeiro, Vitória da Conquista e Feira de Santana.
Um dos pontos destacados pelo governador é o apoio
do Ministério da Justiça para aumentar o policiamento ostensivo nos pontos de
uso do crack e também a revitalização dos espaços abandonados usados pelos usuários.
Entre as ações de prevenção, está a capacitação de profissionais de saúde, de
assistência social, de segurança e justiça, além de líderes comunitários e
religiosos atuando no combate ao crack.
Recursos - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou durante a
cerimônia que em 2013 serão investidos R$ 1,6 bilhão no programa, dentro do
total de R$ 4 bilhões anunciados em 2011. Novas medidas para aumentar a oferta
de tratamento e atenção aos usuários, além de ações para ampliar a prevenção
estão entre as prioridades da ação, com a capacitação de profissionais especializados,
criação de Centros de
Atenção Psicossocial (CAPs) e Centro de
Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD)
e mais convênios com instituições voltadas para a recuperação de dependentes.
Cardozo destacou a necessidade de se fazer a
distinção entre o tratamento do usuário, que requer uma política de
acolhimento, e o enfrentamento de organizações criminosas e ao tráfico de
drogas. “O direito penal é o direito que deve ser aplicado aos
narcontraficantes. Para os dependentes, é preciso um bom serviço de saúde e de
reinserção social”. Para atingir estes objetivos, o ministro destacou que o
programa vai atuar a partir de três eixos - o cuidado, a autoridade e a
prevenção.
Trabalho em conjunto – Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para vencer o desafio,
que é enfrentar uma situação desconhecida do poder público, é necessário uma
ação conjunta. “É preciso integrar diversas áreas, segurança, saúde,
assistência social, educação, direitos humanos e, principalmente, a sociedade
civil. Temos que investir na conscientização da sociedade e na capacitação dos
profissionais envolvidos”.
Para a ministra do Desenvolvimento Social e Combate
à Fome, Tereza Campello, o tratamento só será eficiente com a adesão do doente.
“Se a gente não olhar o antes e o depois da internação e do tratamento, não
teremos sucesso. Por isso, é preciso que a ação do governo seja articulada com
a sociedade civil. Às vezes o paciente consegue ficar limpo, mas depois do
tratamento não tem para onde ir nem como reconstruir a sua trajetória de vida. O
trabalho em conjunto é fundamental”.
06/08/13
gsc/is
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