O
deputado estadual Marcelino Galo (PT) declarou nesta quinta-feira (4) ser a
favor da reforma política no Brasil. Entretanto, o parlamentar baiano diz que é
preciso apontar assuntos importantes a serem tratados e constrói lista com uma série
de ações que deveriam constar no projeto de reforma em pauta no Congresso
Nacional. “O PT reconhece que é um grande passo para a participação popular a
realização do plebiscito, sobretudo, a respeito da reforma política. Temos que
lutar para modificar a maneira de fazer política no país, tendo mais presença
da população para opinar e construirmos uma democrática mais participativa”.
De
acordo com Galo, o fim da suplência no Senado, por exemplo, é um dos temas que
devem ser incluídos no debate, assim como o voto em lista. “O povo cansou de
votar em pessoas, quer votar em ideias e isso faz uma grande diferença”,
afirma. O petista também defende o financiamento público exclusivo de campanha.
“Não é interessante que empresas financiem campanhas para depois cobrar pelo
apoio. Acabando com essa prática, poderemos combater realmente a corrupção,
desatrelando os políticos e a política do poder econômico”, completa.
Outro
tema considerado importante pelo petista é a paridade de gênero, onde homens e
mulheres em igual número serão representados pelo povo brasileiro. “Na minha
opinião, se aprovarmos as perguntas que Dilma propôs de acordo com a pauta
histórica do campo democrático popular, teremos um avanço gigantesco na
política do nosso país”. Segundo Galo, “essa é a oportunidade, criada pelo
próprio povo, para mudar de vez as coisas, ou talvez a gente parta para um
sistema pior e leve mais 30 anos para conseguir mudar alguma coisa estrutural
de novo”.
O
deputado petista também defende o fim das coligações por acreditar “que votar
em um conjunto de ideias é diferente do que votar em um conjunto de interesses”.
Na lista de Marcelino Galo, ainda constam temas como o fim do voto secreto, fim
da reeleição, mandato de 5 anos e eleições conjuntas. “Realizar eleição de dois
em dois anos foi importante para o Brasil durante a retomada da democracia. Após
anos de ditadura, o hábito de ir às urnas eleger nossos representantes a cada dois
anos fortaleceu muito a democracia do Brasil, mas acredito que não mais
precisamos disso. Eleição de dois em dois anos significa que sempre uma parte
dos governos vai parar de dois em dois anos para se dedicar à eleição”.
Ascom do
deputado Marcelino Galo
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