3 de junho de 2013

Suposta vítima do falso médico que atuava na Chapada Diamantina é de Andaraí


Certificado de Alistamento Militar do falso médico Pedro Henrique Marques - FOTO Jornal da Chapada.jpg

É do município de Andaraí a primeira suposta vítima do falso médico Pedro Henrique Marques de Almeida, que atuava em vários municípios da Chapada Diamantina desde 2012 e foi preso em flagrante clinicando no Hospital Municipal de Boa Vista do Tupim, no último dia 5 de maio. No atestado de óbito de Júlio Cesar Batista do Nascimento consta que o paciente morreu de parada cardíaca no dia 28 de março, no Hospital Municipal de Andaraí, onde o estelionatário trabalhava, segundo informa o coordenador da 12ª Coordenadoria de Polícia do Interior da Bahia (Corpin de Itaberaba), delegado João Uzzum.

Pedro Henrique foi preso em ação conjunta da prefeitura com o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) e agentes da Delegacia de Polícia Regional (Depol) de Itaberaba, liderados pelo delegado João Uzzum. Assim que tomou conhecimento da prisão em flagrante do falso médico, João Batista do Nascimento, irmão de Júlio, procurou a Delegacia de Itaberaba e prestou queixa, acusando Pedro Henrique de ser o responsável pela morte. O Jornal da Chapada teve acesso ao atestado de óbito da vítima e disponibiliza com exclusividade em seu Portal.

“O que apuramos até o presente momento dá conta de que a vítima sofria de cirrose hepática, e como já tem um bom tempo que o cadáver foi enterrado, solicitamos a exumação, para que o médico legista possa afirmar a causa morte, ou seja, se decorreu do agravamento da doença hepática ou se foi de erro do falso médico. Mas só podemos emitir juízo de valor após o laudo técnico”, ressalta Uzzum ao Jornal da Chapada.

Apesar do flagrante em exercício ilegal da medicina, o falso médico Pedro Henrique Marques de Almeida saiu da prisão em apenas três dias. “Não há nenhuma ilegalidade na soltura do falso médico, aconteceu porque a legislação brasileira permite a concessão de liberdade provisória nestes casos, mas ele continua respondendo o processo em liberdade, estando sujeito, se condenado ao final, a alguma pena”, informa o chefe da Polícia Civil na Chapada Diamantina.


Fonte: Jornal da Chapada

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