Para
revelar a verdade e romper o silêncio em torno das violações de direitos
humanos praticados durante o período da ditadura militar na Bahia, foi instalada
nesta terça-feira (14), na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), a Comissão
Especial da Verdade. O deputado estadual Marcelino Galo (PT) foi eleito na
ocasião para presidir a comissão e a vice-presidência ficou com o deputado
Pedro Tavares (PMDB). A bancada vai funcionar às quartas-feiras, a partir das
11h, na sala Jairo Azi e, além do presidente e vice, conta com a participação
dos deputados titulares Álvaro Gomes (PCdoB), Capitão Tadeu (PSB), J. Carlos
(PT), Leur Lomanto Júnior (PMDB), Ronaldo Carletto (PP) e Zé Raimundo (PT).
A
primeira pauta da comissão vai ser a audiência pública “Comissão da Verdade”,
que será no próximo dia 21 de maio, às 9h, no auditório do Edifício Senador
Jutahy Magalhães, na Alba. O evento vai contar com a presença do Grupo Tortura
Nunca Mais, o Comitê Baiano da Verdade, universidades, estudiosos,
historiadores que pesquisaram o período da ditadura Militar e entidades
vinculadas aos diretitos humanos.
Ao
tomar posse, o deputado Marcelino Galo destacou a importância da criação da
Comissão para a Casa Legislativa e disse que a bancada vai romper o silêncio
sobre os crimes praticados no período ditatorial. “Criamos a Comissão da
Verdade e vamos nos dedicar a romper esse silêncio que existe aqui no nosso
estado. Vamos trabalhar para apurar o que houve aqui na Bahia e trabalhar
também para que a gente apure o que ocorreu com os baianos em outros estados e
também fora do país, para que a gente possa colaborar com a história”, pontua o
parlamentar petista.
Ainda
na instalação da comissão, Galo citou o ato covarde do ex-PM Átila Brandão que
apresentou uma infundada queixa contra o jornalista Emiliano José, que também é
o primeiro suplente de deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores.
“Emiliano nada fez além de exercer a liberdade de expressão e garantir mais uma
passagem do seu respeitado e sério trabalho de documentar nossa memória.
Emiliano está ameaçado de processo porque utilizou a narrativa de uma fonte
viva, Renato Afonso de Carvalho, renomado professor de cursinhos de Salvador,
então preso político no início da década de 70. O então oficial da PM, Átila
Brandão é acusado de tortura. Ele sim deve explicações”, completa.
Ascom do deputado Marcelino Galo
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